O Projeto Sementinha era desenvolvido no Largo da Igreja São Benedito, e atuava juntamente com a Pastoral da criança, e a responsável era a Ana Maria Alves. Contudo, o mesmo não era constituído formalmente, e este atendia as crianças e adolescentes que na época pediam nas ruas.
Nos idos de 1997, a ampliação da vulnerabilidade das crianças e adolescentes era “gritante”, o que exigia que providências urgentes fossem tomadas. Visando amenizar tal realidade, a Assistente Social do Fórum local, Margarida Maria de Salles Roselino Zanata, interessou-se pelo problema, o que a levou a procurar o Pároco da Paróquia de Santa Rita de Cássia, Padre Edson José Baron para que unissem esforços para por em funcionamento o então previsto Centro Social Nossa Senhora do Rosário, que já estava inteiramente construído, graças aos esforços de seus idealizadores.
O trabalho foi bastante intenso, mas fomos crescendo e nos organizando, tanto na parte de estrutura física como nas exigências das Secretarias e do Ministério da Assistência Social com as documentações necessárias. O tempo foi passando e a entidade se fortalecendo, com isso o trabalho desenvolvido começou a ser reconhecido pela sociedade e pelos empresários.
Apesar de todas as dificuldades financeiras e cotidianas, foi um caminhar feliz, isto porque víamos o trabalho crescer sem perder o foco da proposta expressa em seu Estatuto, e também no Estatuto da Criança do Adolescente, (ECA), e na Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH SUAS).
Cabe ressaltar que, com base em dados quantitativos próprios, no ano de 1997, integravam o quadro de atendidos pelo Centro Social, cerca de 50 crianças e adolescentes. Já no ano de 2000, atendia-se 150 e no ano de 2003, 200 integrantes. Atualmente, devido o enfrentamento de dificuldades nos recursos financeiros, são atendidos 130 integrantes.
O atendimento sempre foi direcionado ao público na faixa etária de 07 a 17 anos de idade. E, pode-se dizer que o projeto sempre obteve resultados positivos, isto porque busca-se estabelecer vínculos afetivos e de cuidados que contribuem, principalmente, para a formação das crianças e adolescentes, que dele participam, para participação, cidadania, desenvolvimento do protagonismo e autonomia.
O trabalho realizado com os integrantes é compatível com os interesses, demandas e potencialidade de cada etapa do desenvolvimento, ou seja, de 07 a 11 anos, são realizadas atividades lúdicas, culturais e esportivas, bem como de interação e aprendizagem, nas quais as crianças são orientadas e informadas sobre o que realmente precisam para serem assertivas, saudáveis e felizes; de 12 a 14 anos, é iniciado um trabalho de informação para prevenção das drogas e gravidez precoce, bem como de reflexão para a valorização da escola e do saber fazer as escolhas para futuro tranquilo e promissor. Já de 15 a 17 anos, realiza-se um trabalho de preparação para o mercado de trabalho, através de rodas de conversa que abordam temas atuais e importantes para a obtenção do primeiro emprego, orientando-os para saberem se colocarem diante das oportunidades ou problemas que surgirem. É um trabalho focado em prepará-los para viver em sociedade, como cidadãos que cumprem suas obrigações e cobram seus direitos.
A partir de 2003 demos início ao projeto “Educando para o trabalho”, sendo este executado na Cozinha experimental e na Secretaria, preparando e dando noções aos integrantes sobre a vida profissional, conforme o artigo 68 do Estatuto da Criança e do adolescente (ECA).
A entidade sempre primou por um trabalho eficaz, transparente e em conformidade com a Legislação vigente. Todos que por ela passaram, tanto diretores quanto funcionários, foram de grande importância e contribuição para que o trabalho ofertado às crianças, adolescentes e seus familiares tenha cada vez mais qualidade e sucesso.